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sexta-feira, 13 de maio de 2011

13 de Maio


“Quando a alma queima de amor e
o ser eleva-se além das estrelas;
Quando o espírito liberta-se da ilusão
e os olhos contemplam a Unidade;
Quando o eu desaparece no
turbilhão do divino;
Finalmente o toque da Luz...”


13 de maio.
 Do século XVI ao XIX, o negro viveu na condição de escravo no Brasil, foi um tempo de muita dor, de muito sofrimento, de muita mágoa e de muito clamor aos Orixás. Compadecido com tamanha lamúria, Oxalá manda Exu a terra levar uma mensagem de conforto para aquela gente tão sofrida. Na mensagem Oxalá dizia para o povo ter fé e esperança, que um dia enviaria uma princesa para libertar os africanos cativos no Brasil.
 Nas senzalas, todos acreditavam nessa profecia de liberdade e pensavam, logicamente, que a princesa, a qual os libertaria do cativeiro, seria africana, considerando este pensamento, os pais das senzalas mantinham, em completo sigilo dos brancos, as suas falanges de guerreiros capoeiras, para quando a profecia se cumprisse, eles lutassem sob o comando da princesa para conquistarem a liberdade.
 No dia 13 de maio de 1888, a profecia de Oxalá foi cumprida. Uma princesa veio em socorro ao povo da África cativo no Brasil, porém, ao contrário do que se acreditava nas senzalas, a princesa não era africana e sim brasileira, a Princesa Isabel Cristina do Império do Brasil, que não querendo ver o sangue de sua gente derramado, fez com que a pena preterisse a espada e assinou a lei Áurea. E assim, libertando os escravos.
Os negros livres saíram em festas das senzalas, cruzaram as porteiras das fazendas, empunhando a liberdade e rumaram em busca da cidadania. E por acreditarem na profecia de Oxalá, terem fé e resignação a tanta dor e sofrimento, essa gente foi evoluída espiritualmente, vindo a compor a falange de Pretos Velhos da linha das Almas.
Hoje, passado 223 anos da abolição da escravidão no Brasil, podemos constatar que ainda muitos dos descendentes desse povo não conseguiram encontrar a cidadania, estão perdidos, excluídos dos direitos universais do homem, como: educação, saúde, habitação...
O 13 de maio não deve ser apenas um dia de comemoração, mas também, um dia de reflexão. Pois, a liberdade nos foi generosamente concedida por compaixão de Oxalá pela Princesa Isabel, contudo, conquista da cidadania cabe a cada um de nós reivindicarmos e lutarmos juntos por ela.
Salve as Almas!
(autor : Edenir Santos)

***É uma vergonha para o ser humano, ou para a Humanidade , qualquer ato de escravizar o próximo!Uma tristeza em nosso caminho para a Evolução.


Com imagens do filme Amistad, realizado por Steven Spielberg. Escute Tragédia no mar (ou O navio negreiro) de Castro Alves, na voz de Paulo Autran.
O poeta Castro Alves escreveu O navio negreiro aos 22 anos, em 1869. A lei Eusébio de Queirós, que proibia o tráfico de escravos, fora promulgada quase vinte anos antes. Cada parte do poema tem métrica própria, de maneira que o ritmo de cada estrofe retrata a situação apresentada nela.

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